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COBRA: que bicho é esse?



            Depois de muito falar sobre BRA e homologação de clubes, chegou o momento de explicar mais detalhadamente o que a Cobra (Confederação Brasileira de Aeromodelismo) representa para o aeromodelismo nacional. Se você voa há algum tempo e já utilizou a frequência 72MHz sem problemas de interferência, pelo menos um muito obrigado você deve à Cobra.





            A Confederação Brasileira de Aeromodelismo foi fundada em 1959, originalmente denominada ABA (Associação Brasileira de Aeromodelismo), como órgão máximo do aeromodelismo no país; sendo inclusive reconhecida pelo Ministério competente na época. Para se ter uma ideia, nesta época o aeromodelismo era baseado em VCC/UControl (voo circular controlado), e por ser no início da época dos transistores, os poucos e caros equipamentos de rádios disponíveis eram grandes, pesados e imprecisos, comparado aos de hoje. Outro mundo.

            E como todo órgão oficial, há uma hierarquia de comando e regras: Cobra, Federações (onde existem), clubes, pilotos. O que isto significa? Uma regra ou portaria definida pela Confederação deve ser seguida pelos pilotos ligados a ela. Por isso que os pilotos associados elegem o presidente do clube, e estes elegem o presidente da Cobra e das federações.

            Formalmente a Cobra possui várias atribuições, sendo suas principais:

            - Cuidar do aeromodelismo brasileiro nacional e internacionalmente;
            - Representar o aeromodelismo junto aos poderes públicos;
     - Representar o aeromodelismo brasileiro junto à FAI (Federação aeronáutica internacional);


            Mas como todos sabemos, a prática é diferente do papel, e o que a Cobra vem fazendo hoje é basicamente organizar o aeromodelismo, já que isto foi deixado como segundo plano há anos.

            Uma de suas principais ações é a regionalização do esporte através das federações, que visa cuidar de cada região segundo sua realidade, pois infelizmente é muito mais fácil ser um aeromodelista no estado de São Paulo do que no norte do país. E de nada adianta tratarmos tudo de maneira igual, pois alguém sempre sairá prejudicado.

            Podemos considerar sua função mais importante a representação do aeromodelismo juntos aos poderes públicos. E um bom exemplo é a regulamentação dos drones, que está em processo; a Cobra esteve na ANAC para expor sua opinião e defender a realidade dos pilotos, visto que muitas das possíveis exigências não seriam aplicáveis.

Apesar disto não importar diretamente aos aeromodelistas amadores de asa fixa em um primeiro momento, devemos nos atentar para que não confundam um hobbysta com um piloto profissional de drone, como vem acontecendo nos EUA, o que exige ainda mais burocracia para apenas voar aos finais de semana.

Outra observação importante é que apesar de existirem outras organizações “extra-oficiais”, a que formalmente responde pelo aeromodelismo brasileiro em todas as suas modalidades continua sendo a Cobra.

Lembra da frequência 72MHz que citei no início do texto? Então, foi a Cobra que a conseguiu exclusivamente para o Modelismo rádio controlado; oficialmente nenhum outro equipamento de comunicação poderia usá-la em solo brasileiro. Se você nunca teve problema de interferência com os rádios antigos, agradeça a Cobra.


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Ainda continua com alguma dúvida? Deixe seu comentário aqui embaixo ou envie um e-mail diretamente para a COBRA (diradm@cobra.org.br).



1 comentários:

  1. Parabens muito interessante e criativo o texto, Aeromodelismo é assim, fazendo a diferença

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