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Reforço em construções



            Construir, através de kits ou plantas, voltou a ser algo presente na vida de aeromodelista; porém, muitas plantas possuem erros, falhas ou mesmo não foram projetadas para o material utilizado. E nesse ponto surgem muitas dúvidas: até onde vale a pena seguir a planta, ou tomar as próprias decisões?

            Ao reforçar qualquer parte do seu aeromodelo vale a pena refletir: estou adicionando resistência, ou simplesmente mais peso e material? Outro ponto importante é trabalhar na estrutura, e não em peças complementares.




            O primeiro passo é detectar pontos frágeis, de grande esforço estrutural. Elas devem no mínimo suportar a força do seu braço (claro, sempre respeitando o tamanho do modelo) e continuarem fixas.


Parede de fogo com encaixes e reforçada com cola epóxi


            Parede de fogo: É nela que o principal e mais constante esforço atua; além disso, também deve suportar a vibração ocasionada pelo motor, o que reduz sua vida em longo prazo.
            Deve ser construída inteiramente de material rígido, normalmente compensado naval (nunca depron, por favor) e ser apoiada na fuselagem, ou por encaixe, ou por uma grande área de contato. Alguns construtores preferem pinar, que é fazer furos na sua espessura (depois de colada) e encaixar um palito, assim, travando-a mecanicamente. Cantoneiras também são bem vindas.


Berço do trem de pouso com encaixes e blind nuts para fixação do trem


            Berço do trem de pouso: Este é o campeão de quebras. Por ser um local que sofre grande parte do choque do pouso, precisa ser bem resistente. O ideal é que também se faça esta parte de compensado naval, e não de balsa ou outro material.
            Para que fique resistente, o melhor é ligar o berço a outras estruturas próximas e maiores; o que pode ser feito com o mesmo material dele. Cantoneiras e cola epóxi o tornam ainda mais resistente. A fixação do trem de pouso no berço deve ser o mais rígida possível, para assim não gerar folgas e um possível desgaste; o melhor é utilizar parafusos com porca blind nut (garras para travar na madeira), para também facilitar na hora da manutenção.




            Base do profundor: Apesar do local não sofrer tanto com esforços do voo, é importante para garantir a segurança e manter as características de voo constantes. Um profundor mole, que torce durante o voo faz o aeromodelo cabrar em cada momento para uma direção, hora sobe reto, hora para a direita e hora para a esquerda; o que não é nada desejável. Além de tudo isso, se o profundor quebrar, sinto muito, mas dê adeus ao seu querido aeromodelo.
            Não precisa necessariamente adicionar mais material e cola em excesso à estrutura, basta garantir que a cauda não irá torcer ou quebrar na própria montagem. Detalhe importante é sempre colar diretamente as partes, cortando a entelagem não desejada, pois caso seja colado entelagem com entelagem, assim que a cola do adesivo soltar, seu profundor também solta.


Observe o reforço entre a parede do aeromodelo e o tubo da baioneta


            Tubo da baioneta: Apesar de nem todos os aeromodelos possuírem asa ou profundo bipartido, essa área exige muita atenção, pois é muito pior uma asa solta que um profundor solto. O melhor é integrar a estrutura do tubo ao berço do trem de pouso e à parede de fogo, assim todos os pontos de maior esforço ficam interligados e rígidos.


A longarina deve ser resistente e bem colada às nervuras


            Longarina da asa: A(s) peça(s) que transmite todo o esforço estrutural que a sustentação gera para a raiz da asa, e posteriormente, para a fuselagem. Simplesmente se essa componente falhar sua asa quebra, e seu aeromodelo entra em parafuso até o chão.
            Não existe reforço para ela, ou é bem dimensionada, ou você está com sérios problemas. O importante e fazê-la com um bom material, e fixa-la corretamente no chapeamento e nas nervuras. Para construções em balsa não é necessário cola epóxi, cola madeira na quantidade e no local correto já garante uma boa fixação. Evite ao máximo emendar pedaços para esse fim, e caso seja necessário, faça de uma maneira que fique melhor que a vareta inteira, com mais pedaços e cola suficiente, se possível faça encaixes.




            Parafuso de fixação da asa: É o parafuso que fixa a asa na fuselagem em aeromodelos com asa desmontável, ou seja, na maioria dos aeromodelos. Sua importância é obvia: Se ele ou seu berço quebrar, a asa solta, e a lenha é inevitável.
            Por isso, seu local de apoio deve ser rígido, tanto na asa quanto na fuselagem, de preferência feito de compensado naval. Para garantir que não solta, cola epóxi é uma ótima opção. Outras técnicas para reforçar é colocar cantoneiras nas junções, e fazer encaixes nas próprias peças.


            Tomando cuidado com esses cinco pontos de grande esforço estrutural, pelo menos queda por falha na construção seu aeromodelo não terá.



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            Você sabia que esses locais eram tão importantes para manter a integridade do seu aeromodelo? Caso tenha dúvidas escreva aqui nos comentários!



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