U-control, ou VCC (voo circular controlado) é uma
modalidade do aeromodelismo que não utiliza rádio controle; o comando do
aeromodelo é feito por meio de cabos que saem da ponta da asa e vão até a
manete, que fica na mão do piloto. Os únicos comandos disponíveis são o
profundor e os flaps (este último nem todos os modelos possuem), que responde
conforme a posição da mão.
Diferentemente dos modelos rádio controlados, no VCC o
piloto não pilota apenas com a precisão dos movimentos do dedo, e sim com todo
o corpo, inclusive certas categorias exigem bom preparo físico para suportar as
forças exercidas pela alta velocidade.
O aeromodelismo começou com o VCC, muito antes da
tecnologia permitir a construção dos rádios controles. Porém, mesmo com o
passar das décadas esta categoria possui muitos adeptos e exige habilidades
diferentes das exigidas pelo stick do rádio controle.
As principais
categorias de competição do VCC são:
F2A – Speed (velocidade)
Temos nesta modalidade os modelos mais rápidos do
VCC. Os aeromodelos são construídos apenas com um lado da asa e o lado oposto
do profundor. O motor utiliza hélice com apenas uma pá, isso porque o alto giro
faz com que as pás peguem o vácuo uma da outra, ou seja, cavitem.
Nas competições os participantes buscam a maior
velocidade, a maior já alcançada foi 310 km/h. Os cabos utilizados medem 15,92
metros, perfazendo assim 100 metros lineares cada volta que o modelo dá na
pista.
F2B – Acrobacia
A modalidade de Acrobacia tem em seu seguimento uma gama
de manobras que é mundialmente conhecida. São ao todo 15 manobras, a maioria
delas figuras geométricas - como: loopings redondos, quadrados e triângulos -
que os competidores são obrigados a desenhar durante os 7 minutos que têm em
cada voo de competição. Os cantos quadrados, as baixas alturas, a precisão e o
reflexo do piloto são alguns dos fatores importantes que fazem um campeão em
acrobacia.
Os modelos medem em média 1,6m de envergadura e utilizam
motores glow ou elétrico. Os cabos utilizados medem em média 19m que vão do
centro do eixo do balancim (que se localiza dentro da asa ou fuselagem do
modelo) ao eixo central da manete de comando. Os cabos podem ser monofio ou
trançados com vários fios, que suportam 10 ou mais vezes o peso total do
modelo.
F2C – Team Racing (corrida em conjunto)
O Team Racing é a categoria mais emocionante do voo
circular, e consiste no voo simultâneo de três modelos com uma velocidade em
média de 200 km/h. O centro de voo é disputado pelos três pilotos e ganha quem
finalizar as 100 voltas (nas rodadas eliminatórias) ou 200 voltas (nas rodadas
finais) em menos tempo.
Os pilotos devem seguir diversas regras durante o voo e
seus mecânicos idem, aliás, os mecânicos têm uma grande importância nessa
modalidade, já que durante as provas há a obrigatoriedade de se realizar os “pit
stops” (paradas), quando os modelos pousam com os motores parados, e após o
tanque abastecido e o motor reacionado retornam ao voo até completarem o total
de voltas.
F2D – Combate
O Combate é a modalidade que mais deixa a platéia apreensiva,
seu nome já diz tudo. Dois pilotos, auxiliados por seus mecânicos, duelam um
contra o outro com suas asas. As asas - ou modelos de combate equipados com fitas
de papel fixadas na cauda - têm a missão de cortar uma a fita da outra, e assim
quem efetuar mais cortes ganha o duelo. Geralmente os competidores inscrevem-se
nas competições um número grande de modelos, já que o risco de quebras e perdas
é grande durante os duelos.
F4B
– Escala
A modalidade ESCALA é a
mais bonita dentre todas. Os modelos são construídos baseados na planta de um avião
real, e esse é o principal desafio dos escalistas. Os detalhes, as cores, o
designe entre outros aspectos marcam uma boa construção em escala. Todo construtor
escalista, após a escolha do avião a construir, deve ter em mãos fotos com
todos os detalhes da aeronave, isso facilitará seu trabalho durante todo o tempo
da construção. Após o término da montagem, todo piloto que deseja competir deve
fazer com que seu projeto execute o voo original da aeronave.
O que achou
do VCC? É uma categoria muito diferente do rádio, a qual estamos acostumados.
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Pratiquei muito o VCC e a modalidade deixa Saudades.
ResponderExcluirLembro do pessoal no ibirapuera em SP, era um passeio imperdĺvel nos finais de semana.
Pratiquei muito o VCC e a modalidade deixa Saudades.
ResponderExcluirLembro do pessoal no ibirapuera em SP, era um passeio imperdĺvel nos finais de semana.
Vocês sabem que temos uma nova pista em Santo André?
ResponderExcluirFica no Parque Central de Santo André.
Endereço: Rua José Bonifácio, s/n Vila Assunção, Vila Assunção - Santo André ,
Sabem se existe alguma pista em Brasília? Há muito anos avia uma no antigo velódromo, mas foi destruída. Depois fiquei sabendo de uma próximo ao aeroporto, dos Escoteiros do Ar, mas não sei se ainda funciona.
ResponderExcluirPratico o RC, mas gosto muito do VCC pelo seu pioneirismo, mas qdo tentei voar um fiquei tonto de ñ conseguir parar em pé, só ñ lenhei o aero pq, por sorte, o motor apagou e pousei. Gostaria de saber se existe algum "treino" para se acostumar com a tontura.
ResponderExcluirA melhor forma de amenizar a tontura é não girar sobre o eixo e sim caminhar em circulos companhando o aeromodelo, outra técnica é não olhar fixamente para o aeromodelo (vendo o "mundo girar") e sim adiantar a visão vendo o aeromodelo passar, com o tempo você pode "quebrar" o giro com um wingover ou alguns loopings ou girar ao contrário fazendo um vôo de dorso, fazendo desta forma você evita passar os 5 a 7 minutos do vôo apenas girando, varia o movimento, cansa menos e não ficará tonto.
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